Um barco me faz ausente de ti –
A engenharia sorri, exata,
Triunfa a lógica nímia,
Soberba, dos números infrenes,
Dos litros de óleo,
Dos donos solenes
Do absurdo empresarial.
Mas se faz prenhe de raiva
E rasga-se de dor:
Meu ímpeto sonhador
Vem tão puro
E invariavelmente –
Avassalador.
O idílio que te faço,
O deâmbulo que traço
Até toda ti, toda porque una,
A lira mais doce que já ouvi,
A rosa mais lira que já vi,
O ouço mais claro que senti.
A lembrança do teu toque
Beija meu eu-poeta,
Apaixona-me por apenas ser
E implode, sem nem querer,
O castelo pateta
Do barco de óleo e aço,
Neste poema que te faço…
(Isaac Frederico, em 16 de junho de 2007)
3 comentários:
Salve, poeta, como é boa sensação de estar sendo sussurrado pelas musas, não? Ainda mais se de carne e osso são compostas, e não só de vontade breve e eflúvia! Grande abraço e boa semana!
Um castelo de aço e óleo é nada diante das lembranças da paixão presente.
beijos!
Fala Isaac,
cheguei chegando.
Grandes "ois" e "olás" para os companheiros do Presença.
Estamos agora, aqui... juntos e separados.
Ótimo poema!
Postar um comentário