O meu vizinho da porta da frente
O meu inimigo da casa ao lado
Penso no meu antro sossegado
De noite de luz – apagado
A potência nuclear com telhado
Um lar bi polarizado
Na cama eu e minha esposa
Cada um pra cada lado
Minha mesa de trabalho
O escritório entrincheirado
Olhares-morteiros, estilhaços
Na campanha do dinheiro desesperado
A batalha naval da piscina
No clube ao domingo ensolarado
Bombardeio nas em’costas’
Do companheiro subjugado
Meu pelotão de neurônios
Em conduta – silenciado
Por mais cautela que tivesse
De assalto fui tomado
É o revezamento um x outro
Passando os cajados do poder
Medindo forças na alarmante pista
Que dá voltas até não sei quando
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
ê.
ó, o começo é flúido firme. Soa forte, consistente. POr ficar na mesma rima o que é sonoro acaba por ficar é pesado, repetitivo e cansa. O tema, essa disputa, acabou por não completar essa parte aqui da platéia. Ficou meio mole por não trazer ar pra nenhum outro fiho moço da idéia. acabou por dizer anciãos do assunto. Mas usar armas nessa coisa foi bom.
Até cordel respira de uma sim uma não ou duas rimas diferentes intercalando-se pra não solar a massa. Não menos digno, mas sem ser proeminente.
achei foda o poema, talvez menos pela estrutura poética que pelo niilismo cru que, creio, tem muito a ensinar.
o fábio é o poeta das reflexões "o ser humano é um lixo" xD
Postar um comentário