Cessa o céu,
a chuva foge.
Resta o gosto úmido nas coisas.
Nenhuma estrela tem lugar no amarelo adrágio.
É um céu branco e raro.
Céu de chuva que termina contumaz,
gelada e leve;
lavrando o sopro extenso
que o mistral armou.
(tarde de outubro)
cerveja gelada e poesia de calçada
2 comentários:
Primavera de flores úmidas e botas molhada aos pés da porta.
Me cria o interior em muretas de lanças até a altura da cintura. Tinta descascando; jardim sem capricho. Tudo prestes a gotejar a lembrança terrena do cortejo celeste. O mundo num inspirar-fundo; blau suave e singelo.
Na capital, chuva de outubro finda abafada, sem sopro, raramente gelada; leve jamais.
Mas é só outro tipo de beleza.
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