......................"A alma quer mais do corpo. Quer que ele se gaste
..................... Quer que definhe, sem nada que lhe baste."
..............................................................................Donizete Galvão
Até então, livros lidos e canções ouvidas
(onde se omitiam as pedras).
Tentava encaixar o real no que as palavras tinham dito ser.
E ficava a dar pulos,
querendo alcançar o que um dia alguém chamou de nuvem,
cheio de idéias que me deram sobre o que eram nuvens.
Já não solucionava no corpo as desavenças,
e não havia ideal que desse conta.
A transcendência passava pela pele.
Tinha de ser sentida na carne.
Mais uma descoberta, afinidade também desafina.
Expresso romântico descarrilando,
dando vez as diferenças.
No fogo da paixão vulgar,
que queima enquanto há lenha.
.....................................................
Do livro Elementar, novembro de 2007.
5 comentários:
E às vezes por mais lenha na fogueira é alimentar uma retórica já apagada.
Gosto bastante, Will. Muitas sutilezas, muitas... ainda trabalhas bem com a junção das outras artes ao verso! Taí algo que não temos e que poderias desbravar, hein! Abração!
É uma aula, por algum tom moral que ressoa nas palavras. Acho ótimo. Tem verdade, sinceridade aí.
Os versos das nuvens são fantásticos.
Legal, william.
Pra te ser sincero não costumo gostar de colagens, mas esta tem uma composição bem legal e umas cores bem delicadas, uma beleza!
Diga-me, vai assitir algum do Murnau lá no CCBB? Olha, pelo que já vi dele acho que vale muito a pena, é um deleite. Hoje passo lá pra ver os horários e ver se dá pra assistir. Um abrço, rapaz!
roots, muito roots. a sensorialidade ali, sempre presente. e a observação do donizete é absolutamente pertinente !
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