Uma barca, na areia
Cercada de areia e outras barcas, infinitas embarcações
Que não seguem, mas avançam
Expandem suas proporções, tocando, de leve
Umas às outras.
Estou de pé, numa delas
Imaginando até quando navegar será preciso
O que será preciso
Sendo em solidão, tantos
Minha própria barca.
Nessa terra
Que mistérios, tantos sons
E encontros
E areia.
Tão pouco é fundamental
Tão pouco é definitivo
No fim do caminho só há o caminho
E as barcas que não são barcas
Nem areia
Ou horizonte.
Vinicius Perenha, Março, 2010.
3 comentários:
Adoro o título. Ele bate quando você volta nele depois de ter lido a poesia.
É a vida, Vinicius...
Fade.
é um "fade in" broder .. o poema carrega grande carga de reflexão. o detalhe fundamental é que elas não seguem, mas avançam. fundamental..
abraços meu caro
Belas e bem colocadas palavras, rapaz.
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