Casualmente abro o pequeno livro
e então surge a explosão.
Luminosidade de encantamento.
Misto de negrume e sol a pino.
Figura atordoada
ante o voo mirabolante do pássaro.
Linhas musicais
Pena azul
Dedos ventosas
Forma-traço-cor
estrela de risco.
Guarda-sol
..............ponta
......................plá.
Fogo
dia circular.
Onde tudo volteia
na dança plena das cores.
Junho de 2010
e então surge a explosão.
Luminosidade de encantamento.
Misto de negrume e sol a pino.
Figura atordoada
ante o voo mirabolante do pássaro.
Linhas musicais
Pena azul
Dedos ventosas
Forma-traço-cor
estrela de risco.
Guarda-sol
..............ponta
......................plá.
Fogo
dia circular.
Onde tudo volteia
na dança plena das cores.
Junho de 2010
3 comentários:
O poema me traz, de inédito:
a) O prazer de ver essa obra do Miró que, de forma geral, não curto muito;
b) A associação direta de um poema do William com a obra; o Ville geralmente posta desenhos junto com os poemas, mas acho que nunca tinha visto um poema do William sendo tão carnalmente ligado à imagem.
A leitura é boa, o poema não vence por si mas sim pela leitura inefável que faz da figura, achei.
Transmite encanto e fluidez.
"Misto de negrume e sol a pino" hehehehe mto bom
Achei que talvez o poema não esteja apenas "carnalmente ligado à imagem", na verdade, o poema É a imagem, mas sob a perspectiva do Galdino. Uma espécie de descrição poética e sensorial da obra, por assim dizer.
Interessante ver a imagem sob a ótica de outrem, especialmente em se tratando do William. A caracterização da figura (atordoada) foi perfeita. Creio que o poema isolado da imagem por isso mesmo não convence; sem ela ele provavelmente nem existe.
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