Na marina sobranceira
As ondas espoucam, afáveis,
Banhando as gretas estáveis
Do extenso pier, peninsular.
O sopro meridional envolve,
Em impetuosos afagos eólicos,
Os albatrozes e lhes é acólito
Ao adejo leve de seus pequeninos corpos.
Vagueiam as nuvens dissímeis,
Bailam as folhas outonais,
Libertas das árvores do cais,
Graceja a tarde provecta
Eivada da doce romaria
Do incipiente deâmbulo lunar
E sua calma aliança com o mar,
As marés em eterno movimento.
(Rio de Janeiro, aos 11 de dezembro de 2006)
Um comentário:
Belo poema marujo. Acho que já está na hora de você começar a reunir material para um próximo livreto.
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