20.1.07

Soneto do amor roaz

aloha presença !
estou em terra de volta e poderei voltar a postar - volto imerso na fantasia do carnaval, do nada ser, fica sentado de sacanagem...
a fantasia é o alimento, pra sempre, o combustível do nunca.

Soneto do amor roaz

Principia-se a túmida quimera

Em meu juízo cheio de bulício

Quando te toco – e tamanho suplício

É te tocar e não te ter... quisera

Submergir no púrpuro desvario

De beijar-te em edênico torpor

E apascentar este roaz amor

Que me ferve em um delírio sombrio...

De modo que, infinito, assim perdura

O desserviço de minha impostura

Até que no púlpito de alva febre

Eu consiga moer a navalhante

Distância e tenha a coragem galante

Que esta putrescível prisão me quebre.

(Recife, 27 de novembro de 2006)


Um comentário:

Marcia Bravo disse...

Adorei este poema e tomei a liberdade de colocá-lo (divulgá-lo) no meu orkut com os devidos créditos.
Me identifiquei bastante.
Beijos