estou em terra de volta e poderei voltar a postar - volto imerso na fantasia do carnaval, do nada ser, fica sentado de sacanagem...
a fantasia é o alimento, pra sempre, o combustível do nunca.
Soneto do amor roaz
Principia-se a túmida quimera
Em meu juízo cheio de bulício
Quando te toco – e tamanho suplício
É te tocar e não te ter... quisera
Submergir no púrpuro desvario
De beijar-te em edênico torpor
E apascentar este roaz amor
Que me ferve em um delírio sombrio...
De modo que, infinito, assim perdura
O desserviço de minha impostura
Até que no púlpito de alva febre
Eu consiga moer a navalhante
Distância e tenha a coragem galante
Que esta putrescível prisão me quebre.
(Recife, 27 de novembro de 2006)
Um comentário:
Adorei este poema e tomei a liberdade de colocá-lo (divulgá-lo) no meu orkut com os devidos créditos.
Me identifiquei bastante.
Beijos
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