O sol cresta-me a pele
Se estou na praia,
A um passo da sombra.
O sol torra-me o cerebelo
Se estou no deserto,
A uma eternidade do abrigo.
Equidistante camarada
De implacável inimigo.
A lua lavra-me os sonhos
Se a miro, pés no chão,
A um passo do bom-senso.
A lua assombra-me o juízo
Se nela moro - sou lunático
A milhas da sanidade habitual.
Equidistante musa
De distúrbio mental.
(Rio de Janeiro, em 10 de dezembro de 2006)
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