posto mais uma pérola niilista do Fábio Alves, que tem surgido com surpresas impressionantes.
creio que o poema é carregado de uma reflexão comum a muitos.
* * *
Um quadro negro
E um caderno em branco
Por que estás sentado neste banco
Oh! Juvenil criatura?
Filho de uma mãe a mais
Por que não vive sua vida?
Por que não cura a ferida
Que o mundo se incumbiu
De te dar?
É que você já nasceu devendo
E só falam em dividir
Você quer multiplicar
Passa feroz o tempo sujo
E o que é que você tem?
Nada.
(Fábio Alves, 2007)
Um comentário:
É fato; nada.
Muito bom. a roupagem do óbvio desconcertando pela secura de uma constatação incômoda. Grande!
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