27.12.07

Gasolina

Aloha Presença!
Aos que têm falta de combustível - e isso é sazonal, acreditem - nunca é demais um galão de "gasolina". Feliz 2008 !

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Um tom me chama –
Um tom ou um silvo?
Ora me encanta,
Ora me agita
Em todos os dissonantes palatáveis
Do viver calmo.

É a estrada, senhores,
A estrada é a vida e é ávida
E clama por mim, ordens expressas
E pouco dóceis.
"Desancora que és partícula no rio,
Abre os braços, vai ao céu
Que a vida é uma só"

E das pedras que rolam
Cria-se a fagulha
À deprê inflamável
Do sentar e aceitar,
Milênio a milênio,
A mesma carroça, o mesmo apego,
A mesma curva pra distrair,
A mesma cura
Da doença que não há,
E sentar e cansar,
Paciência de druida –
1 bilhão de existências
De inerte aceitar.

(Aos 21 de janeiro de 2006)

2 comentários:

william disse...

Nada melhor que um galão de combustível poético pra iniciar o ano. Somos jovens demais pra calmaria, ainda há muito combustível pra queimar, hehehe. Pro carnaval que se aproxima nada melhor que levantar e dançar. Até breve marujo.

FlaM disse...

Pois eu acho que já sou velha demais para calmaria também - entre o inerte aceitar e a inércia peitar...
Belo poema, Isaac!
bjm f