'As margens do Mae Nam Chao Phraya
Quisera jamais acordar deste sonho
De lembrar-te e tecer, risonho,
Mil venturas de nossa doce historia
De alvas nupcias 'a vil memoria
De mais um despertar sem te ter -
'As margens do Mae Nam Chao Phraya.
Aos pes do Wat Phra Keaw
Quisera largar minha toxica pena
Que ja sozinha te versa, morena,
E o opio destes versos tailandeses
Me inebriam repetidas vezes,
Quixotesca figura, respiro o incenso -
Aos pes do Wat Phra Keaw
Aos nao-desejos redentores de Buda
Contraponho, doente, meu desvario,
Rezo-lhe a ti mil preces e sorrio
Sorvendo estas sidarthicas calmas,
Planando na fusao de nossas almas,
Fervor shakespeariano que apresento -
Aos nao-desejos redentores de Buda.
(Rio Chao Phraya, Bangkok, aos 24 de marco de 2008)
2 comentários:
Novas paisagens possibilitando uma maneira diferente de ver as coisas.Um poema de intensa musicalidade, típico do marujo, os últimos versos sintetizam esse contraponto musical, fervor shakeaperiano e a calma budista e por essa ponte passeamos .abraço e até.
Concordo com o homônimo do bardo, três vivas a este belo poema!! Ouvi também o eco simbolista e achei muito próprio e acertado. Grande abraço e ótimas viagens!
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