Meu corpo rouco
eu suor se esvai
oco
de remorso
no seu dorso
de serpentinas sensuais
O tom muda
no ritmo em
que o mundo
te circunda
E acalora
benfica
madruga
brontossauro comportado
o espelho te desvela
a renda fina
Acalora
e madruga
benfica
e por não ter outra de volta
não somos nós mas a carta
quem chora
e madruga
benfica
acalora
calibra
você é o centro e o passo
desloca marés nesse caso
pássaro
que morre no ar
e não percebe
não havia chão nem céu
mas morros salpicados
pretos de dourado
Você dançava e luzia
flores vagas no breu
era o umbigo
de toda barriga
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3 comentários:
é um poema sobre a lua ! na minha modesta leitura... e muito bem-vindo, cheio de brumas e incertezas boas;
eiqui, meuqui, rido, vc é filho deste solo também.
era o umbigo
de toda barriga
Um universo poético que anda se alargando cada vez mais ,e o rapaz só tem vinte poucos aninhos...
É lindo, nego, isso em primeiro lugar. Digo, há efeito comovente em certas figuras ao longo da vértebra.
E é ode mista. Ali onde o Isaac viu lua, eu vi mãe, vi mulher amada, vi amigo (por quem se nutre respeito e crítica), e vi ego passado (como uma leitura de si mesmo num momento anterior). E (nem foi por escolha) não fico com nenhum, muito menos com todos. Fico num lugar onde não sei sobre o que a poesia fala. Ela me conduziu até aqui de mão dada, e não exigiu uma escolha.
É assim que Voava e Luzia se me dá.
Beijó, nego.
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