4.11.09

A rua tempo

Na Voluntários passo
como eles
voluntário

há quanto tempo não me ligo
três nove setenta
quatro três sete cinco

mais que marginal
imaginário
ser a terceira margem do rio

**

Ao quererem-se nos Inválidos
invalidam-se e somem

e os sonhos bons
quem dera os fosse
são segundos

os primeiros
neles e no tempo
se acanham

e perduram
e perduram
e perduram

**

Os muros da escola atentos ao cego que voa
Nuvem bailarina no mar de eutanásia dos tempos

**

A Passagem aberta
doce
de portais de amêndoa

em raios da hora nova
é nos novos arranhões

o sono solda
tempos breves

e outubro passa
como música
no ônibus

poemas fruto das ruas Voluntários da Pátria, Inválidos e Passagem do Rio de Janeiro

3 comentários:

Maria Cintia Thome Teixeira Pinto disse...

Caro amigo fiquei encantada...Flavio de Carvalho, estudei muito a vida deste homem de cem anos na frente...
Quanto ao meu post...escrevi correndo. Hoje estou na cidade de Sao Sebastiao fotografando igrejas e mar, rs...E nao resisti de ver internet numa lan house, pois aqui tirei os anéis...em falar nisso, li Caim de Saramago, imperdível volto...obrigado.bj

Isaac Frederico disse...

heyk mano !
belo poema, porque o que salta na fase de hoje, tua, é o contato da rua, a poesia-imediato, assaltando os sentidos mais acomodados.

isso também foi o que vi nos últimos "peri-go", também.
brinde-nos com mais, faça o favor.

abraço !

Heyk disse...

Obrigado, lindos! Brindarei!