No encontro dos extremos dá-se a dança.
O corpo não quer descanso.
Tudo quer mais.
Dobrando seis esquinas
e as pondo nos bolsos.
Maratona para além dos passos.
Corrida de cavalos cansados
mas indispostos a largar o páreo.
O corpo não quer descanso.
Tudo quer mais.
Dobrando seis esquinas
e as pondo nos bolsos.
Maratona para além dos passos.
Corrida de cavalos cansados
mas indispostos a largar o páreo.
Maio de 2010.
3 comentários:
Mais um ótimo exemplo da simplicidade que o Galdino põe em alguns poemas e como eles nem por isso perdem, seja no corpo, seja na forma.
Dá a impressão de que, mais do que colocar palavras que ajudem, ele retira todas as que possam atrapalhar.
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E sobre a questão dos páreos intermináveis, partiu mais um?
Podecrer, o poema tem um fôlego tremendo, um tapa de sensações como que coletadas e entregues na "bula" na tua frente, adorei isso.
E o fôlego vem mesmo daí, de ser magro magro, desinvestido do peso desnecessário de maiores explicações. Boa leitura e excelente o visual do Helio!
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