No vício da bebedeira,
Caindo pela poeira,
Dormindo de pé espalhado,
Entre a calçada, a chuva e o vento.
Mas dizem que padre bebe
Que fica se acabando.
Se acaso não for engano,
Vou me juntar a ele,
Beber até lascar o cano.
Aguardente é uma água
Feita pelo satanás.
Quem bebe dela pouquinho,
Só pretende beber mais.
O corpo puxa pra frente
E ela puxa pra trás.
Mas do que serve beber,
Além de beber, cuspir,
Além de cuspir, vomitar,
Além de vomitar, cair.
Em Fernando de Noronha
Tem pico, tem fortaleza,
Aqui é uma beleza
Que se avista o grande Atlântico.
O pessoal tão falando
Que a ilha vai progredir
Tem um campo de basquete
Pro povo se divertir.
(Manuel Gouveia, poeta noronhense)
Um comentário:
Amei esse cordel!
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