Ar
(Suspiro)
(Suspiro)
O sopro boreal principia
O ataque medular ao meu controle:
O aluvião de memórias
Faz transbordar o copo –
E sento
E escrevo
E suspiro…
Tanto quanto água
Sou ar – ou antes
Não sou sem ar,
O éter da Terra,
O nada substante,
Laje do Reino dos Céus.
Decúbito em seu berço,
Desejaria voar,
Deambular livre
Das terrenas torturas,
Ingravitar
Por saber-me atravessado
De ar.
Os brônquios agradecidos…
As nuvens dos sonhos…
As brisas cisplatinas –
O aroma !
E desde o marco zero
A espera pelo retiro,
O acerto final
E o último… suspiro.
(Isaac Frederico, em 11 de dezembro de 2006)
2 comentários:
Suspirar, suspirar, encher os pulmões e sentir o ar."Com os brônquios agradecidos". Respirar/suspira/criar. Definitivamente ar não lhe falta. Isaac o homem-máquina poética,em constante criação rs.
Este será um dos filhos do elementar?
hehehe com crtza william... o filho bastardo que restava. agora falta pouco.
aproveito para lhe deixar um feliz natal e a todos, presente!
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