29.4.07

No sol, em prata e no grão.

As mãos seguram firme pros pés baterem soltos.
Junto ao salto vai o frio na barriga.
Desce ao fundo, sem peso.
De volta à tona,
o sol em meia-luz lhe cora o rosto.
No corpo, uma sensação de não ter onde, nem quando.
Volta e meia pequenos medos;
Avistar barbatana, canto de sereia, mão puxando pro fundo.
Na imersão vai o cardume,
ao encontro das redes.
E as ondinhas quebram,
desfazendo lentamente pequenos castelos.

3 comentários:

Isaac Frederico disse...

esse poema é simplesmente uma descrição bucólica e muito talentosa de um mergulho redentor (na minha leitura).

acredito que este poema será publicado em breve, enquanto isso vou tentando decifrar seu título enigmático e bonito.

Anônimo disse...

Realmente, bucólico.
Talvez porque esteja impregnado de uma infância de mergulhos. Deu pra sentir as saudades daqui.

Publicado?
oba.

FlaM disse...

esse poema é
é
uma sensação de não ter onde, nem quando
um medo (pouquinho)
sol, prata
e grão

(porque me participas)