Uma lua quase plena
Arranha-se na quina do edifício.
Enquanto um brinda
O outro se atira.
Há um cão em cada esquina
E talvez um deles cheire
E coma aquele beijo de despedida
Que desabou no chão.
O marujo holandês sorri por suas escolhas.
Renúncia do leito em troca do mar.
Bocas falam vitórias
Criando suas próprias medalhas.
O enamorado dança.
Como a única coisa a ser feita.
Ter os olhos e os pés dados.
Salva-vidas pros dias de naufrágio.
Clariceano, anseia uma morte bonita.
Daquelas de se fechar os olhos e partir levando o melhor.
Sobre as calçadas da Lapa
Desinteressadas
As cobras-voadoras
Seguram na boca a luz da noite
Banhando as barbas sujas de alguém que já sonhou.
William Galdino, julho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
5 comentários:
um poema com cheiro de estrada.
um poema foda com cheiro de estrada.
"partir levando o melhor" é tiro forte demais pra uma segunda de manhã...
teria o marujo holandês qualquer semelhança com nosso isaac? rs.
hehehehehehehe
tô com o isaac,
partir levando o melhor
foi o que precisava.
Mas isso aqui é bravo! foda!
Há um cão em cada esquina
E talvez um deles cheire
E coma aquele beijo de despedida
é isso crianças.
bom que só!
abraços e choro no fim!
é, enquanto um brinda, o outro se atira. E qual é a morte mais bonita?
sote de quem parte com o bom da vida...
bonito!
Postar um comentário