O poema sente –
Uma urgência de anteontem,
Um desespero de fluir
Pois que é chegado seu tempo
De rebentar asas
E partir.
Asas ……………………………..….… asas
“Eu não aguento mais
Ser na jaula de um papel;
Inconseguir para sempre
Num parágrafo vil;
Nutro
Asas ………………………………….…………….. asas
Que arqueiam aos limites da folha”
Asas ….. asas
Asas asas ………. asas asas
ASAS ASAS ASAS ……………………….. ASAS ASAS ASAS
Ruflando,
O filho não-servil
Do absurdo das palavras
E da caneta que lhes pariu.
(Isaac Frederico, aos 14 de setembro de 2007)
22.9.07
Poema de asas
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2 comentários:
De que valeria um poema que não voasse para além do papel, o filho não servil quer sempre ir mais longe. Este pássaro-poema ruflou as asas e voou alto. Forma e conteúdo que se equivalem, as pequenas asas crescendo, crescendo e se abrindo em vôo. Grande.
William
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