Não tinha nada a ver com isso. Ninguém tinha. Mas elas estavam lá, no meio da manhã sem dia, no meio do pátio sem pátio, dentro deles, que estavam lá, no meio delas, fora dali, dentro do ciclo que, invisível, nos tangia. Não tínhamos nada a ver, mas tínhamos. Elas estavam lá, no meio da manhã, no meio do pátio, dentro, livres, presas... Eu estive lá no meio delas. E no ciclo delas no chão, de joelhos, rimos, livres ali dentro pra rir se quiséssemos. Outras não. Outras fumavam, desencadeavam encadeadas, falas que num ciclo menor se perdiam. Outras não. Outras desapareciam, dentro de pequenos rostos, outros tantos - sumiam. E eu não tinha nada a ver com isso, mas tinha. Estava dentro delas, ajoelhado, desencadeando risos, rindo - livres, se quiséssemos. Mas não tinha nada a ver com isso, mas tinha, nada a ver, mas via.
Depois de mais uma visita ao JLA.
(Instituto feminino de correção para as menores infratoras)
12.11.07
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Um comentário:
Elas sempre estão lá, mesmo que muitas vezes nos esqueçamos.
Belas incursões pela prosa.
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