Devido ao sucesso da estréia da Carol no presença, posto aqui mais um pra mostrar que ainda há muito mais pra ser lido.
Sai o sapo da garganta
para devorar a mosca
que entraria em minha boca
já mais fechada
fachada para o medo de cantar
fichada na polícia da palavra
pois, mesmo muda,
não consigo me calar
diante da beleza ab-surda
deste seu olhar
que me fita com laços
com lapsos
- COLAPSO! -
e com lápis aquareláveis colorindo a lagri-mar.
Paixão que me alimenta
- alho, menta...
E você dando sopa
de meia-tigela
prá minha mosca pousar
ou para o sapo entalado
se a-brigar
no seu brejo breve beijo
de boca entreaberta
e soltar
o soluço salutar
a(s)saltar
roubando o silêncio
e segue o sal do olho cego, em pranto,
temperando a fluidez do paladar
- com louros louvo!
Pois, para nutrir meu canto,
eis asuafeição,
de novo...
Carolina O.
Um comentário:
poo me amarrei ... eh um desses que estou tentando fazer ha meses ;)
andei lendo o blog da carolina, e o jogo de palavras que ela faz eh uma marca registrada, uma especie de constante em suas poesias.
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