Não me avise que vai dar errado
E, tire os cálculos da minha frente.
Ei, suma! Siga – o seu! – em frente;
Verifique a área do outro lado.
Tenho legítimo o meu direito,
De dialogar em paz comigo;
Subir qual moleque no parapeito,
Contente, ficar exposto ao perigo.
Não me cobre posições no poema
Que, posso também virar o jogo
E, sem vinho ou palavras de fogo,
Lançar o decreto duma noite serena.
Ouvir bossa nova, dançar como um tolo
E escolher uma nova fatia do bolo.
Vinicius Perenha - 19 de setembro - 2006
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Um comentário:
salve chefia !
um raro soneto, ein ? acho que o único seu que li.
vc escreve pra demarcar que poderia eleger uma nova fatia do bolo mas ... o faria?
fera o tipo de rimas usado neste soneto. bem diferente das clássicas que costumo usar. os dois ultimos tercetos são bastante criativos, achei.
absinto !
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