A cidade respira o fedor que goteja
Das calhas o que restou da chuva.
O sofisticado-caipira
Carioca da gema metropolitano cidadão do mundo
Desce do trono e chapinha na água que devia lavar
E asfixia
Que vejam: não é o mesmo que afogar.
E essa água aos poucos toma a cor do centro
que não sei que nome tem
Mas é aquela dos pombos e mendigos
Notas velhas de um real
Fachadas e advogados da Praça XV de Novembro.
A cidade vai se perdendo de si e na falta
De cores para distinguir o mar do asfalto
Fica a dúvida
Se olhando nos olhos do moleque
Conseguiria responder caso me fosse questionado
Onde terminam as mãos e começa a lata de cola.
Vinicius Perenha – Janeiro de 2006
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