De um novo lote de poesias do Leo, me chegou "Mundo real". Os novos tomos que me chegaram às mãos, cada um com cerca de 6 poemas, indicam uma mudança nas recentes composições, até mesmo de um lote em relação a outro.
Os novos poemas continuam (trans)pirando sensibilidade, ainda um pouco subjetiva mas definitivamente mais certeira, mais anelante e mesmo pungente, pelo aprimoramento estrutural em conseguir literarizar com mais perfeição o conhecido embate "fantasia" vs "real".
Pessoalmente tenho me deleitado com estes novos lotes, que me trouxeram grande proveito e prazer em sua leitura.
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Mundo real
O sol de sempre é gasto
E a chuva também desgasta
Caiu aqui perto de mim
No Mundo que insiste em viver
Eu oro para arrefecer a dor
De ter a impressão que passo
Vou embora daqui em breve
E o Mundo perdura até hoje
Olha o que vai acontecendo !
Vida e morte
Não importa quem vêm
Do Mundo é o cenário
Medos de nada que existe
Desiste de você agora
Senti que o canto soou
O tempo no Mundo não demora
E eu que me achei o Mundo...
Junto do corpo ainda permaneço
Desço descalço de medo
Para sentir que estou no Mundo
Só sinto que existo se sinto
Acalma por hora
Dorme um pouco
O Mundo vai continuar
(Leonardo Schuery, em 29 de junho de 2006)
Um comentário:
De um pulo foi ao céu.
Quando caiu, era fagulha.
Quando subiu de novo, já era deus.
mto bom, mto bom.
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