Os braços abertos num rodopio,
tentam colher a realidade.
O ácido da amada corroeu meu equilíbrio.
O orgulho trincou me as lágrimas.
E tudo na tarde é um quase ser,
um quase conseguir.
Tentativa vã de decifrar angústias.
Uma página lembrada de Rilke.
Uma vontade assassinada.
Abandono à inércia,
e salto na inconstância dos dias.
Um beijo na boca da ironia
(ela ainda consegue nos salvar).
Explode uma risada.
Humano,
tolamente humano.
Março de 2004.
tentam colher a realidade.
O ácido da amada corroeu meu equilíbrio.
O orgulho trincou me as lágrimas.
E tudo na tarde é um quase ser,
um quase conseguir.
Tentativa vã de decifrar angústias.
Uma página lembrada de Rilke.
Uma vontade assassinada.
Abandono à inércia,
e salto na inconstância dos dias.
Um beijo na boca da ironia
(ela ainda consegue nos salvar).
Explode uma risada.
Humano,
tolamente humano.
Março de 2004.
3 comentários:
salve will
"um quase conseguir" e as tentativas vãs - são uma sensação de espantosa familiaridade para tantas pessoas...
o irado é que o título do poema resgata-o de um lamento amoroso, no momento em que identifica essa "familiaridade".
ainda assim, essas são conjecturas, apeans - o poema em si é gostoso de ler.
É Isaac pegaste o fio da meada, pra fugir do lamento é preciso recorrer a ironia, ao bom-humor, mas nem sempre dá rs. E a familiaridae taí, na nossa ridicularidade humana rs. Devido a uma certa escasez de fim de ano, estou resgatando uns poemas do fundo do baú, pelos quais tenho um certo carinho.
e deu uma preguiça...
uma preguiça de ser humano
.
.
.
bj, f
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