Arteiro que sou,
Um fanfarrote sênior,
tapeio meus versos
prometendo-lhes a vida num poema
tanto-sílabo e royal
E eis que agora moram
no albergue bufonal
deste texto escaleno –
que nem a boas rimas se presta!
Pagaram caro, queriam fama,
A escalada literária!
De boas penas tinham ganas…
Mas foram postos, à moda pária
Por este hadoque doidivanas.
(Aos 24 de janeiro de 2008)
Um comentário:
Dá licensa de minha senhoria
cartão de visita, Don Poezo
trago umas pra vossa vistoria
mas jamais prometo ser coeso
e vou entrando, quanto custa?
minhas estrelas também tapeio
nós sabemos que a causa é justa
e ninguém vai achar isso feio
me receba sem mais delongas
café e cachaça pra os acertos
e o teatro assim se ergue
dos pinéis da conga e songamongas
dou as notas ao nosso concerto
você me cede quartos no albergue
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