Ninguém sabe...
ele escondeu - como se soubesse.
Em pequenos segredos -
os que sobrevivem
Pontes inteiras de amônia
cruzando espartilhos siderais
as irmãs menores observam -
ele atravessa devagar
cavalgando o furor de plástico
O que ficar, pode ser pra sempre.
Mas nada dura.
Um sobre o outro -
pequenos segredos,
os que sobrevivem.
O que ficar pode ser pra sempre.
Mas ninguém sabe.
No fundo, ninguém sabe.
(13:09)
Milhares de ingênuas razões
lagos de um sangue estranho
Era você! - agora mesmo...
já não é mais
O travesseiro afunda tua cara
nas margens sombrias.
O que é o silêncio?
É quando você acha que tem alguém,
e você já não tem.
O gigantesco trem-carruagem-cavalo atravessa os pesadelos
Desemboca na luz completa do sol,
onde Deus dá suas cartas
Quem blefa?
Eu quis voltar mais cedo
aprendi o que era tarde.
O que pode ser pior
que esse beijo quente?
A nuca espessa sente a ferrugem toda
destroços na luz.
São migalhas.
(13:13)
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3 comentários:
a viagem rende sempre belas imagens...
belas palavras enfeitando o papel...
bjus
Quando você acha que tem, já não tem mais, rs. Nos botecos da triste linda zona sul as palvras foram longe. O trem negro está em movimento e há de passar por paisagens ensolaradas. Nos trilhos, ou fora deles continuamos em frente.
... Numa segunda feira faz cem anos.
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