Quisera eu há tempos
Ter aquilo que agora tenho
E um tanto acanhado de tanto contento
Ao incompreensível agora ascendo
Qual mal assola o fanfarrão?
Qual suposta força eu tinha até então?
Ao supreender-me a cada lance que te vejo
Furto-te minhas vistas por receio
De tão bela imagem que recebo
Venha a ser tudo aquilo quanto almejo
Sou então um barco - um bocado torto
Que da tempestade chega ao calmo porto
Desorientado e pouco descontraído
Acanhado como hóspede - com o ego reprimido
Não tenho medo de falar-te
Do quanto estou contido
Quero-te tanto!
Desejo-te!
Então, por fim - que tudo tenha
Qual não é o verniz que se acabe e mostre a vil madeira?
Da qual sou feito e não se empena
Quando exposta calma ao seu sereno
CONFESSO-TE
SINCERO-TE"
4 comentários:
Rendo homenagens aos olhos verdes, que trouxeram o Fábio de volta depois de longas datas pelos mares, um par de olhos pra aportar o poeta na calmaria depois da tempestade.
voltou oportunamente, no que as próprias páginas recentes deste presença identificam como os ares românticos predominantes, marcadamente primaveris.
o panegírico à fantasia febril, que vivemos em maior ou menor escala - mas que é oriunda de uma experiência comum a todos - é um campo imenso, que enriquece o presença.
voltou oportunamente, no que as próprias páginas recentes deste presença identificam como os ares românticos predominantes, marcadamente primaveris.
o panegírico à fantasia febril, que vivemos em maior ou menor escala - mas que é oriunda de uma experiência comum a todos - é um campo imenso, que enriquece o presença.
Estou tentando sair desse blog que conheci hoje, mas não paro de me encantar a cada post com aquilo que é das coisas que mais gosto: poesia. Esta é linda!
Abç, Flávia
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