um clássico de uma época de precisas penas do Vinícius, "A Queda" tem seu próprio cartão de apresentação.
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Velocidade, vertiginosa decadência das fibras.
Os dejetos do homem,
prendem-se aos dedos
que acenam um último adeus...
Desmembrado garoto,
seco, sem lágrimas.
Arremessando memórias em fúria
contra um rosto envelhecido, e olhos opacos.
No fundo, o grito que antecede o derradeiro respirar, confunde-se
ao som de ossos partindo.
Desespero mudo,
infância,
memórias.
A carne berra a dor do consumo,
Os vermes (daqueles que riem) consomem.
A morte, e seus malditos minutos.
Salve a manhã!!
A louvável realidade do agora!!
(Vinícius Perenha, do livreto "Rituais de ver e olhar" lançado em 2003)
Um comentário:
"A carne berra a dor do consumo". Realmente Isaac preciosass penas, pena-navalha, poesia sem delicadezas e muito bem escrira como todo o "ritual".
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