11.7.08

Cliquem na imagem para vê-la ampliada.
Essa é uma das imagens que roubei do trabalho que tenho desenvolvido em Itaboraí.


"Vidro de perfume"

De atropelo é vida
nova cuspindo
campo.

É galo engolindo prédio,
velho
olhar rasteiro e espanto.

É prédio lançando lua,
gente lançando carma,
lançando.

Vidatropelada
avenidas derrapando em bocas,
e beijos engarrafados.

Amor
engolindo vidro
pia
de rachar silêncio.

De atropelo é vida
e é a morte
secando a rua.

Um comentário:

william disse...

Lendo esse poema me lembrei de uma letra do phalenas.
Gostei do ritmo "atropelado" engolindo alguns artigos, uma estrofe sobre a outra descendo em avalanche.
Agora, numa segunda leitura mais atenciosa, atentei para algumas qualidades que tinham passado despercebidas.