14.4.09

"CTRL Z"

Editar
a sede.
Derivar do seu,
o todo.
Deles, o fruto lasso -
reles.

Editar o oco
no espaço branco do nada
elevar ao centro,
culminar abaixo
mais ainda,
naufragar o nulo.

Retesar o gosto
aplainar o rosto
gasto,
acre, doido, num rasgo de quase
e passar adiante o célebre
do recomeço,
sim
dizer não
sim
pra frente, sem pensar.

Editar o amor,
prensar
no plano do apago:
devorar, deletar o dano
acabar por causar todo descuido humano
e crivar do negro a fonte vaga
deriva-lá ao não-cursor,
o rio destro
abominável, lastro incompreensível
cega leitura
página aplural de universos grãos de milho
letras roídas, obesas
fontes novas, ovas, lidas, indo ao fosso
e o intestino fino,
delegado ao grosso, mal educado.

Editar o curto
alargar o vulgo - seu ânus casto da rolha
despe-te dos salmos tal enganos
andas e comes teu silêncio
de espaço em branco, e nada.
Nada, que o mar é amar sem saber de onde.

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