Prendi a respiração,
Tranquei o peito inteiro,
Incluso os rios
e os risos arredios
De medo sincero
das maçãs apessegadas do teu rosto,
do meu todo amor –
O rio dos rios posto à prova seca
Da tua art noveau,
tuas frutas de labirinto,
tua louça vitoriana.
Abri o peito inteiro
Forçando o fluxo
de ser o tempo todo
O que quero ser,
Respirar não apenas necessidade,
Dar a mão sorrindo,
Expor a cara convicto
vencendo-me enfim,
Deixar-me para trás,
Superar os eus que não somos.
Não abrirás teu aeródromo
sob placas de sol sintético;
Deixa de ser
teus pontos pré-sorteados.
Aceno-te com os rios do meu peito,
Deixo de ser pra acontecer,
Sublimar minhas moléculas
e nossos egos loteados
Num mar de abril perfeito.
(Aos 7 de abril de 2009)
Um comentário:
Bonito poema com final arrebatador !
Postar um comentário