17.8.06

Ar

AR

Teus sonhos e histórias
Tuas questões sem solução
E tua marca na areia
O ar fragmentou
E borrifou no ar

Teu perfume em águas distantes
Tua raiva em terras hostis
Teus terrores no fogo de um inferno algures

O ar é a promessa do infinito
E a garantia da subversão próxima
É a plena ausência das colunas
Que pensavas existirem abaixo dos teus epitáfios risíveis

Que medida de tempo tens pela frente?
Mísero ou grandioso
Tu
O ar
E mais nada.

Vinicius Perenha – 15/08/2006

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