Bem-vindo a Poluto! O nosso planeta.
Nossos rostos fulvos, sem expressão,
Nossos corpos em decomposição
Nos explicam de maneira correta.
Almas de raposa, olhos de cão –
Predar é nossa grandiosa meta:
Consumo endêmico, tal anti-asceta,
É nossa mais orgulhosa missão.
Encetamos a hecatombe completa
Dos irmãos da nossa raça seleta –
Tudo que é vivo! Nenhuma exceção…
Avançamos, firmes, à solidão,
Satélite inata do grave Não,
Nosso mais disseminado profeta.
(Isaac Frederico, 30 de agosto de 2006)
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