No acerto final,
O significado nas terríveis sentenças,
A ferrugem nos membros,
O vazio no arbítrio,
Precisarão de fibras impossíveis.
O absurdo em cada escolha.
Breve e irreversível
Vão, mas indizível...
Nada nos manuais
Nem uma única forma segura de agir.
Sete imprevistos e um plano.
Três palpites antes da queda.
E mais dez anos passaram;
Fobias curadas,
Fantasias no sótão,
Espaços em branco.
Árdua tarefa; reunir peças,
Concatenar vexames pretéritos
Com orgulhos vazios.
Desenterrar verdades esquecidas
(o potencial do esquecimento...),
Traições não reveladas
E medo.
Medo de olhar e encontrar a chave
Do fundo do poço que abriga
As lâminas
E mantém sob controle o dark side.
Ferramentas de cólera,
Tempos de guerra.
Breves tempestades que arrancam
Raízes
Desnecessárias
E atrelam à mecânica do olhar
Visões oriundas da finitude.
Nalgum obscuro canto
A lógica do sentido
Zela pelas sentenças do porvir.
3 comentários:
Nossa, fazia tempo, a fã estava inquieta! Um grande abraço e beijo.
bem-vindo de volta, samana.
e uma volta pródiga com essa verdadeira bomba, um dos melhores dos últimos anos, creio - "melhores" pra quem está equilibrado, porque um estomago mais fraco implode diante da pressao de tantas verdades.
o que sao estes versos que nao verdades para a maioria de nós?
Apolo e Dionísio se abraçam," nada nos manuais''... e as inumeras possibilidades do porvir, vossa senhoria o poeta -filósofo-sábio-guru-eremita nos brinda com mais um poema certeiro e de intensa musicalidade, a pena continua afiada e afinada.
Postar um comentário