Acampando na relva
a tarde se fazendo valer
de suas gamas de tons de verde
.....do vivo
.....ao veste-se
do lindo
ao prefere-se,
a relva verde e o céu infinito
céu que cada hora um
e toda hora infinito.
Um brando lago azul
lindo que improvável,
de tal modo que
Mineralizar-se
.....é nele submergir;
acampado no meio
do meu acampando na relva,
o lago.
.....e tal o acontecer
que bastava ler linhas
do livro-de-dormir
para dormir e insaber
se estava despertando
ou, estranhamente,
indormindo.
(Aos 10 de janeiro de 2008)
5 comentários:
Salve poeta, gostei muito deste poema, meu caro. Afora as cores e a perspicácia, marca que gosto sempre nos teus versos, eles andam rimando dentro, o que aumenta muito o tanto de eco das palavras. Um grande abraço e grande poesia!
o que teria feito surgir tamanha percepção cromática no nosso amigo poeta?
Percepção aguçada rs.
Grande rebento. Lançando o poema a alturas onde as cores mudam de significado e os significado já não valem mais nada. De quebra, refinado na forma e no tom.
E sobre o comentário acima:
Temos um novo Genaro?
E toma aí o "s" que faltou.
Esperto na linguagem.
Nem tchum na primeira leitura às cores, mas tchum nos trocadilhos e desembaraços e tudo.
Eu gostei até.
Poema bom, poema esperto
adorei o lago.
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