13.1.08

Acampando

Acampando na relva
a tarde se fazendo valer
de suas gamas de tons de verde
.....do vivo
.....ao veste-se
do lindo
ao prefere-se,
a relva verde e o céu infinito
céu que cada hora um
e toda hora infinito.

Um brando lago azul
lindo que improvável,
de tal modo que
Mineralizar-se
.....é nele submergir;
acampado no meio
do meu acampando na relva,
o lago.

.....e tal o acontecer
que bastava ler linhas
do livro-de-dormir
para dormir e insaber
se estava despertando
ou, estranhamente,
indormindo.


(Aos 10 de janeiro de 2008)

5 comentários:

Guto Leite disse...

Salve poeta, gostei muito deste poema, meu caro. Afora as cores e a perspicácia, marca que gosto sempre nos teus versos, eles andam rimando dentro, o que aumenta muito o tanto de eco das palavras. Um grande abraço e grande poesia!

william disse...

o que teria feito surgir tamanha percepção cromática no nosso amigo poeta?
Percepção aguçada rs.

Vinicius disse...

Grande rebento. Lançando o poema a alturas onde as cores mudam de significado e os significado já não valem mais nada. De quebra, refinado na forma e no tom.

E sobre o comentário acima:
Temos um novo Genaro?

Vinicius disse...

E toma aí o "s" que faltou.

Heyk disse...

Esperto na linguagem.

Nem tchum na primeira leitura às cores, mas tchum nos trocadilhos e desembaraços e tudo.

Eu gostei até.

Poema bom, poema esperto

adorei o lago.