
Ardido pelo querer que não se contenta
o banquete é rapa de panela que não enche o bucho.
É amor de noite inteira que não sacia.
Beber a água e ter nova sede.
Suar em desassossego.
Saber a dor da pancada e insistir assim mesmo.
Um segundo de sol que apaga dias de tormenta.
Sísifo rolando pedras.
Pequeno gozo das farpas que entram fundo.
Moto-contínuo.
Corpo de vida castigada
carregando alma serena.
Rosa com espinho.
Cigarra estourando de tanto cantar.
É quase morrer de dor
e ainda querer amar.
Do livreto Sem persona, 2006.
o banquete é rapa de panela que não enche o bucho.
É amor de noite inteira que não sacia.
Beber a água e ter nova sede.
Suar em desassossego.
Saber a dor da pancada e insistir assim mesmo.
Um segundo de sol que apaga dias de tormenta.
Sísifo rolando pedras.
Pequeno gozo das farpas que entram fundo.
Moto-contínuo.
Corpo de vida castigada
carregando alma serena.
Rosa com espinho.
Cigarra estourando de tanto cantar.
É quase morrer de dor
e ainda querer amar.
Do livreto Sem persona, 2006.