27.1.15

Jardim















Das árvores se desprendem as folhas,
Já castanhas, em seus tons outonais
E descendem, em sutis espirais,
Ao solo enquanto, distraída, olhas

As flores, suplicando-te que as colhas.
Minutos, neste jardim onde estás,
Dão séculos nas urbes guturais,
Independe que cidade tu escolhas.

Borboletas e seus voos escalenos,
O ar cristálido, livre de benzenos,
O orvalho floral batizando a alma,

A terra vermelha, a noite estrelada,
Murmúrios do rio, a água gelada
Banhando-te o ser em cósmica calma.


(Aos 27 de Janeiro de 2015)