16.4.09

Conserto

Pintura do autor

Eis a chave de fenda, amigo.
A bitola do teu peito,
A mudança de conceito,
Uma ferramenta sóbria,
Conserta-te óbvia,
Atende-te, feito.
O hidráulico coração
Diz-te tanto,
Por que não ouves,
Que fazes que somes ?
O suado rosto, tenso,
Um medo imenso,
Uma diarréia desidratante,
Teu processo errante,
Teus cigarros na banca,
Tua banca indecente;
Sai daí, tou contigo,
Te ponho uma toalha molhada
Na testa inchada,
A febre demente,
O corpo débil sente,
A flama acetilênica
Do conserto urgente.


(Aos 13 de abril de 2009)

Um comentário:

william galdino disse...

A mudança já é uma escolha acertada, de repente é só girar um pouquinho pro lado e a situação já e´outra.
E pro conserto?
Um estetoscópio nas mãos pra auscultar o coração.
Grande poema marujo-portuga-sassámutema.
abração.