
A sede do leito, esse meu peito
onde muito vago ajeito
e ponho-me a ver-te navegar.
Oh vida minha, pequena.
Nessa e noutras, tão cheia
dái-nos a brisa na areia,
leva estes brincos pro mar;
e neste vem e vai da lua
onde a maré verde recua
cala este braço de vento
traz os fantasmas do tempo
e os que há muito sumiram por lá.
Conta-nos que há o mistério da ida,
já que há outro na partida,
sempre por perto de chegar.
E que nenhuma carta avisa
e vai voando, rouba-me a saliva
e só, me sáio sem nem um i ou a.
Me conta como pará-lo agora
antes que a fúria da memória
devore do porto este corpo
e tudo que a contra-gosto
não o quiser acompanhar.
Oh vida, minha pequena.
Não vejo em nada a desgraça
mas a ventura é sentida
e eu já sem prazer na lida
ouço o mar em cuspidas
teu nome nos vir lembrar.
Então melhor é mergulhar com tudo
e jamais ter outro mais fundo
corpo, barco, mundo!
Nenhum naufrágio mais surdo
que este meu lance profundo
para feliz te abraçar.
onde muito vago ajeito
e ponho-me a ver-te navegar.
Oh vida minha, pequena.
Nessa e noutras, tão cheia
dái-nos a brisa na areia,
leva estes brincos pro mar;
e neste vem e vai da lua
onde a maré verde recua
cala este braço de vento
traz os fantasmas do tempo
e os que há muito sumiram por lá.
Conta-nos que há o mistério da ida,
já que há outro na partida,
sempre por perto de chegar.
E que nenhuma carta avisa
e vai voando, rouba-me a saliva
e só, me sáio sem nem um i ou a.
Me conta como pará-lo agora
antes que a fúria da memória
devore do porto este corpo
e tudo que a contra-gosto
não o quiser acompanhar.
Oh vida, minha pequena.
Não vejo em nada a desgraça
mas a ventura é sentida
e eu já sem prazer na lida
ouço o mar em cuspidas
teu nome nos vir lembrar.
Então melhor é mergulhar com tudo
e jamais ter outro mais fundo
corpo, barco, mundo!
Nenhum naufrágio mais surdo
que este meu lance profundo
para feliz te abraçar.
Um comentário:
engoliu-me.
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