Em Siem Reap agradeci;
O chá quente e as nuvens disformes,
Os dentes apodrecidos de alguns,
Os tantos mortos de Pol Pot
Viraram fantasmas,
Plantados em cada família.
Em Ha Noi a dureza dos anos passados,
A imagem onipresente de Ho Chi Minh
Também fizeram fantasmas
Nos países ricos.
As torneiras abertas e secas,
Nem todos têm água,
Páscoas achocolatadas,
Reformas ortográficas
Nem lembranças felizes,
Como que nasceram, viveram e morreram,
Já tantas vezes.
Voltando pra casa
Veja seus amigos com filhos,
Volte na primavera,
Um marco positivo no ano,
Não veja o jornal,
Não chore o que passou;
Obrigado, estou vivo, um abraço caloroso,
Desligue a sessão da tarde
E seja a próxima primavera
Não comprando todos os desejos.
(Aos 13 de abril de 2009)
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2 comentários:
"Não chore o que passou". E "seja a próxima primavera" me disseram muito. Na verdade todo o poema,mas essas duas frases me dizem diretamente, no momento.
Beijo. isso tá lindo!
Mermão, meio cruel a dureza do espírito, hein?
Mas sem a chance de um migué que seja. Brilhante!
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