
Nesta manhã de novembro,
o céu desaba em cascatas.
Na Praia da Bica os peixes fogem das redes.
Em Viena um casal de namorados
passeia por uma praça bombardeada a décadas atrás.
E eu me pergunto:
pra onde vai a água daquela poça?
Para as raízes do capim,
pros restos de algum cão enterrado?
Quantas chuvas!
Quantos sóis!
Quantos detalhes.
Imersos em problemas,
não nos sobra tempo
o céu desaba em cascatas.
Na Praia da Bica os peixes fogem das redes.
Em Viena um casal de namorados
passeia por uma praça bombardeada a décadas atrás.
E eu me pergunto:
pra onde vai a água daquela poça?
Para as raízes do capim,
pros restos de algum cão enterrado?
Quantas chuvas!
Quantos sóis!
Quantos detalhes.
Imersos em problemas,
não nos sobra tempo
pras nuvens,
pros dias,
pra vida.
Novembro de 2002, publicado no libreto Entretanto.
2 comentários:
Gostei. "Não nos sobra tempo pras nuvens..." Fato!
Beijo.
fato inconteste, adore ou deteste. a gravura é linda, o poema é triste.
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