27.4.10

Tailande




Me vi desenferrujado
Jogando bahts nas feridas sarnentas
de cães em estradas poeirentas
que antecedem praias azuis,
Carros de som anunciando muay thai,
A face do campeão de Ko Samui
encontrando o cotovelo do oponente;





Não são só as boas sensações
que, à beira deste bom mar
Vão caindo, alheias, no puçá;
Gringos que acham que o local está
No ponto onde eles estavam há décadas,
Colocando uma batida em Haad Rin,
enchendo a cara de gim,
tentando, a todo custo, a paz.





Me vi sem idioma e tailande,
Fazendo wais, dsencanado,
conhecendo thais, furando tostões,
Desapertando botões,
torcendo para que pare
o tic-tac alucinado,
Procurando praias,
O tempo.




(Ko Samui, aos 26 de Abril de 2010)

5 comentários:

Rachel Souza disse...

Fui lendo sem pausas, como se uma toada-conversa de bar.Sabe,um carioca me falando das experiências thais. Vc até puxou um cigarro.

Isaac Frederico disse...

hehehe pdcr, rachel
isso eu acho muito bom, me preocupo menos em levar minha poesia ao patamar de elogiavel ou nao do que em passar essa coisa de "conversa de bar", o supra-sumo do lance :)
e o cigarro foi puxado sim, como nao ?

william disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
william galdino disse...

"A face do campeão de Ko Samui
encontrando o cotovelo do oponente"
Esta imagem já é o cartão de visitas.

Até chegar a praia muita coisa há no caminho, o poema me trouxe essa sensação da caminhada, da procura com o passar do tempo e a visão dos acontecimentos,que não trazem só as boas sensações...
Grande abraço.

Louis Alien disse...

grande Heik! notei que não tinha teus contatos internéticos e te busquei pelo oráculo.

show!

a gente vai se falando!