23 de Novembro
Nos Jardins do MAM
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19.11.14
14.9.14
Ugra Zine Fest
Nos dias 20 & 21 de Setembro:
Presença & Dodo Publicações na Ugra Zine Fest no Centro Cultural São Paulo.
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16.8.14
Feira Tijuana de Arte Impressa
No próximo fim de semana em São Paulo:
Presença + DODO publicações + Cozinha Experimental + Editora Criatura
Confira a programação detalhada e a lista de participantes no site:
http://cargocollective.com/tijuana/FEIRA-2014
23 e 24 de agosto, das 12h às 20h
CASA DO POVO
Rua Três Rios, 252, Bom Retiro, São Paulo - SP
OFICINA CULTURAL OSWALD DE ANDRADE
Rua Três Rios, 363 - Bom Retiro, São Paulo - SP
12.6.14
Poesias Pornográficas Vol. 2
Poesias Pornográficas Vol. 2
Diversos Autores
Organização: Barateza Duran & William Galdino
Ilustrações: William Galdino & Iuri Casaes
( * )
2014
7.6.14
Lançamento: Poesias Pornográficas vol.2
Na próxima terça-feira, dia 10 de
Junho às 19 horas na Praça São Salvador (próximo ao metrô do
Largo do Machado) será realizado o lançamento do segundo volume do
livro Poesias Pornográficas, uma coletânea que reúne poemas
libidinosos em Língua Portuguesa de diversos autores.
A publicação organizada por
William Galdino e Barateza Duran e ilustrada por Iuri Casaes e
William Galdino é o primeiro
lançamento do selo Cuzinho Experimental, uma parceria entre o
Presença e a Editora Cozinha Experimental.
Os exemplares foram confecccionados artesanalmente e contam com uma tiragem de capas pintadas à mão pelos ilustradores do livro.
Todos aqueles que quiserem aparecer para tomar uma cerva e trocar uma ideia serão muito bem vindos.
Abraços e beijos
Os exemplares foram confecccionados artesanalmente e contam com uma tiragem de capas pintadas à mão pelos ilustradores do livro.
Todos aqueles que quiserem aparecer para tomar uma cerva e trocar uma ideia serão muito bem vindos.
Abraços e beijos
( * )
Presença & Editora Cozinha Experimental
http://blogpresenca.blogspot.com.br/
http://www.editoracozinhaexperimental.blogspot.com.br/
Presença & Editora Cozinha Experimental
http://blogpresenca.blogspot.
http://www.
P.S Praqueles que quiserem adquirir o
primeiro volume do livro reeditamos uma segunda edição que também
estará disponível no dia do lançamento.
3.5.14
PESSOAS COISAS PEDRAS
Poema de Caiotta
Ilustração de Ana Rocha
era um tempo em que
pessoas eram pessoas
coisas eram coisas
e pedras eram tão pedras quanto na idade da pedra
pessoas entendiam que coisas eram coisas
coisas nada entendiam
pois eram apenas coisas
e pedras permaneciam pedras
pessoas faziam pessoas
coisas nada faziam
pois eram apenas coisas
e pedras faziam-se de pedras
certo dia
pessoas cansaram-se de pessoas
coisas de nada cansaram-se
pois eram apenas coisas
e pedras descansavam-se em pedras
pessoas deram nome e valor às coisas
coisas se acharam pessoas
e pedras ainda se achava em alguns lugares
pessoas se coisificaram
coisas se personificaram
e pedras se esconderam
no peito das pessoas
Do Livro Camarão Que Dorme, Polvilho Edições, 2012.
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Ilustração de Ana Rocha
era um tempo em que
pessoas eram pessoas
coisas eram coisas
e pedras eram tão pedras quanto na idade da pedra
pessoas entendiam que coisas eram coisas
coisas nada entendiam
pois eram apenas coisas
e pedras permaneciam pedras
pessoas faziam pessoas
coisas nada faziam
pois eram apenas coisas
e pedras faziam-se de pedras
certo dia
pessoas cansaram-se de pessoas
coisas de nada cansaram-se
pois eram apenas coisas
e pedras descansavam-se em pedras
pessoas deram nome e valor às coisas
coisas se acharam pessoas
e pedras ainda se achava em alguns lugares
pessoas se coisificaram
coisas se personificaram
e pedras se esconderam
no peito das pessoas
Do Livro Camarão Que Dorme, Polvilho Edições, 2012.
---
27.4.14
Entardecer no cais
Na marina sobranceira
As ondas espoucam, afáveis,
Banhando as gretas estáveis
Do extenso pier, peninsular.
O sopro meridional envolve,
Em impetuosos afagos eólicos,
Os albatrozes e lhes é acólito
Ao adejo leve de seus pequeninos corpos.
Vagueiam as nuvens dissímeis,
Bailam as folhas outonais,
Libertas das árvores do cais,
Graceja a tarde provecta
Eivada da doce romaria
Do incipiente deâmbulo lunar
E sua calma aliança com o mar,
As marés em eterno movimento.
(Rio de Janeiro, aos 11 de dezembro de 2006)
11.4.14
Sonho cósmico
Fazenda de fótons,
...império de massa e velocidade,
......Bósons primordiais,
anéis planetários,
...incertezas quânticas -
Somos poeira viva
de um dos universos,
explosões antes das quais
havia o quê ?
.....Relativos, celeritas,
...Luz - que permite ver,
...........forças gravitacionais
...Por quê são ?
E água e luas,
...dançarinas, planetas,
......cinturões e atros buracos,
tão fundos quanto negros;
...o Tempo explodiu junto com tudo isso, um dia
..fazendo ser,
que ser é acontecer,
..................portanto no Tempo e só
nele se pode.......... ser.
..Estrelas, raios cósmicos,
..........Anãs brancas...
O Cosmo.
Rio de Janeiro, Aos 11 de Abril de 2014
...império de massa e velocidade,
......Bósons primordiais,
anéis planetários,
...incertezas quânticas -
Somos poeira viva
de um dos universos,
explosões antes das quais
havia o quê ?
.....Relativos, celeritas,
...Luz - que permite ver,
...........forças gravitacionais
...Por quê são ?
E água e luas,
...dançarinas, planetas,
......cinturões e atros buracos,
tão fundos quanto negros;
...o Tempo explodiu junto com tudo isso, um dia
..fazendo ser,
que ser é acontecer,
..................portanto no Tempo e só
nele se pode.......... ser.
..Estrelas, raios cósmicos,
..........Anãs brancas...
O Cosmo.
Rio de Janeiro, Aos 11 de Abril de 2014
10.4.14
21.3.14
Poema da Mulher Barbada
Poema de João Kowacs, de uma das diversas publicações adquiridas nas trocas de Zines e Livros durante a Feira Plana.
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O sultão de Cádiz uma vez me disse
que eu era a mais bela
que eu era aquela
que ele um dia
iria desposar
no entanto
ao notar meu pouco entusiasmo
o sultão primeiro ficou pasmo
depois louco, com a sua cimitarra
ele queria me cortar
Outra vez, foi no porto de Helsinki
um incomodo mercador de arenque
de joelhos implorava-me pra me ter consigo
Disse a ele que poderíamos ser bons amigos
mas que me ter para si era algo impossível
e ele, o coração partido, a pontapés
me derrubou no mar
E esses foram apenas dois
dos tantos
que em estado de sítio colocaram meu coração
........................................................ peregrino
que erra mas não se engana
e sabe que quem diz que ama
muito pede muito promete muito reclama
e juras de amor nada mais são do que belas dívidas
que ninguém nunca vai poder cobrar
---
Joáo Kowacs, do Livro O grande prazer, Contorno, 2013.
14.3.14
5.3.14
25.2.14
Soneto VI
Não lamentes, oh
Nise, o teu estado:
Puta tem sido
muita gente boa;
Putíssimas
fidalgas tem Lisboa,
Milhões de vezes
putas têm reinado:
Dido foi puta, e
puta dum soldado;
Cleópatra por
puta alcança a c'roa;
Tu, Lucrécia, com
toda a tua proa,
O teu cono não
passa por honrado:
Essa da Rússia
imperatriz famosa,
Que ainda há
pouco morreu (diz a Gazeta)
Entre mil porras
expirou vaidosa:
Todas no mundo dão
a sua greta:
Não fique, pois,
oh Nise, duvidosa
Que isto de virgo
e honra é tudo peta.
Manuel Maria
Barbosa du Bocage
(1765-1805)
Do Livro Poesias Pornográficas, Presença & Editora Cozinha Experimental, 2012.
9.2.14
5.2.14
Estrela da manhã
Quero
que tenhas um vento sujo
A
entrar por tuas janelas
Varrendo,
fétido, teus papéis e máscaras.
Quero
que em teu pomar cresçam larvas
Maiores
que maçãs
E
que tenhas fome e as devore
E
que limpe os cantos dos lábios, imundos
Com
lenço alvo de agradável perfume.
Quero
que sangres o bastante
Pelo
nariz, prefiro
Diante
dos teus mais audazes juízes
Diante
dos teus santos patrões
E
sob o olhar enojado das crianças.
Sim,
quero que sintas a estocada
Quando
estiver distraído
Quero
que tua tosse possa doer por meses
Quero
que teus amigos sejam cruéis
E
que teus dentes apodreçam, mas permaneçam, impuros
Na
boca que irá buscar, sublime, o amor.
Só
assim a alegria e o júbilo
Te
sorrirão quando a ti derem as migalhas com que nos contentamos
Nós,
de tão pura alma e tão escasso saber.
Aproveite
o dia, irmão
Mastigue
as agradáveis pedras que te forem dadas
A
virtude não virá sob o doce aspecto da satisfação
Mas
sob o áspero jugo humano
Da
fome.
Vinicius Perenha, do Livreto Torres Homem, 278.
25.1.14
Do que não se descobre mais
................................................................................ Pintura de Marc Chagall
Trinta e três anos juntos
e um dia ela deixou de estar.
Só então ele percebeu
que não sabia
qual era a cor dos seus olhos.
Novembro de 2013
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