13.4.15

Adeus



Adeus

A parte mais difícil
Foi dizer-te adeus
que,  de pra sempre ciente,
Bombeou-me lágrimas,
raciocínio coerente
mas vazio,
Um caminho sem coração.
Não consegui pensar em nada,
Os olhos ardendo,
As folhas varrendo a rua
ao lado da Biblioteca Nacional,
A realidade nua,
Acontecendo diante de nós
Como um fá diminuto
desencantando o ao redor,
A mão no teu ombro,
Um amanhã melhor
em cacos,
Um escombro sinistro,
Um sonho sépia;
Obrigado

e adeus.


Poema do livreto "Yangon", outubro de 2009

2 comentários:

Nega Fogosa disse...

Adeus, machuca o peito, a alma, tira-nos a vontade de viver, pois tudo perde seu brilho. Seja um adeus amoroso, fim de relacionamento ou uma partida para a eternidade, não importa qual seja a face do adeus, machuca, dói, corrói a alma. Abraços!

Isaac Frederico disse...

Exato ... o poema tenta passar essa coisa crua de um adeus, todos sabem o nome do sentimento mas, no fim do dia, é cada um individualmente que terá que lidar com seu barulho.
Obrigado pela visita.