16.10.09

Diário do México - 9

Eu e um vitral com o símbolo da gênese da civilização mexicana - a águia sobre o cáctus, devorando a serpente, no Castillo de Chapultepec.


"Las dos Fridas", um dos famosos quadros de Frida Kahlo, no Museu de Arte Moderno.


Painel retratando momento da História do México, no interior do Castillo.


Jardins no plateau superior do Castillo de Chapultepec.



Monumento a Los Niños Heroes, no bosque de Chapultepec.

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.....04 jan

.....Mais um dia na Cidade do México! Vamos dedicar o dia de hoje ao Bosque de Chapultepec, o “morro dos gafanhotos”, na língua Náhuatl, o maior parque da capital, com mais de 4km quadrados, com lagos, um zoológico e alguns excelentes museus. Pegamos o metrô por volta das 0930hs e descemos na estação Chapultepec, de onde adentramos o parque andando, em direção ao castillo.
.....O Castelo de Chapultepec, no interior do bosque, foi construído em 1785 como residência para os vice-reis da Nova Espanha. Após a independência o castelo se tornou a Academia Militar Nacional e foi tomado em 1847, durante a invasão norte-americana; nesta ocasião, mais de 8000 tropas ianques avassalaram o local, quando se forjaram los niños heroes. O general mexicano Santa Anna liberou os cadetes de resistirem, vislumbrando o massacre, mas seis cadetes, de 13 a 20 anos, preferiram a morte resistindo do que o rendimento.
.....Após a execução de Maximiliano de Habsburgo, marcando o término do chamado Segundo Império mexicano, o castelo se tornou residência dos presidentes mexicanos até 1939, quando o então presidente Lázaro Cárdenas o transformou no Museu Nacional de História.
.....No caminho para o impressionante castelo passamos pelo monumento aos seis niños heroes. Chegamos ao castelo após a agradável caminhada e logo nos impresionamos com a vista esplêndida do local, a ~45m acima do nível do resto do parque. O castelo está muito bem cuidado e seus jardins impecavelmente podados; no seu interior encontram-se mais alguns dos tão caracteristicamente mexicanos murais, como o Painel da Independência (de Juan O´Gorman) e Do porfiriato à revolução, de Siqueiros.
.....O restante do museu é repleto de uma explanação excelente da história moderna do México, aproximadamente da Independência à presidência de Lázaro Cárdenas; foi fera para decantarmos os parcos conhecimentos que adquirimos estudando a história do México nos últimos dias.
.....Do castelo partimos para o Museu de Arte Moderno, isso ainda dentro do bosque.
O Museu de Arte Moderno não possui um vasto acervo mas possui algumas jóias impactantes, como o internacionalmente pop Las dos Fridas, de Frida Kahlo. Vimos ainda mais quadros dos consagrados Dr. Atl, Rivera, Siqueiros, Orozco, Tamayo e O´Gorman, além de uma exposição de Remedios Varo de tirar o fôlego, a surrealista veterana mexicana, foi excelente. Pensei no William e em como certamente estes nomes obras o agradariam.
.....Prosseguimos o passeio dominical pelo bosque que, já pelas 12hs, estava agora completamente tomado pelas famílias mexicanas, aproveitando o sol para passear, consumindo todo tipo de comidas locais, maquiando os niños com pinturas dos lutadores mais famosos de lucha libre e confraternizando aos milhares.
.....Passamos ainda pelo zoológico mas fomos desencorajados a entrar pela romaria homérica de pessoas na fila, afluindo de todos os lados, aproveitando a generosa gratuidade do local.
.....A esta altura, sentindo fome e um certo cansaço acumulado dos dias, partimos para o shopping de Coyoacán, onde almoçamos e tomamos um expresso revitalizante. Depois regressamos para a Zona Rosa, compramos alguns víveres e encerramos a caminhada de hoje; amanhã partiremos para conhecer as ruínas de Teotihuacán, a norte da capital, e certamente precisaremos das energias renovadas.

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(Continua em 20.10.2009)

Um comentário:

william galdino disse...

Pensou certo Isaac, agradariam e agradam.