23.12.07

A tempestade filosófica

Após o post # 200 neste blog - a pérola reflexiva do velho batuta Pedro Lermann - começo eu mesmo a escavar algum material antigo, como este soneto presente no livreto "Viver e devir", de setembro de 2004.

- - - - - - - - - - -

Em tempo, caros amigos:

desejo a todos boas festas e positivas vibrações pra 2008.

o momento da virada, tradicionalmente, nos inunda de reflexões, passa aquele filme na sua cabeça.
lembrem-se - e o digo sob o risco de parecer panfletário - a positividade interfere diretamente no curso dos fatos. se você pensar "que merda" mil vezes, então isso terá um peso na projeção do por vir, ainda que um "que bom!" posso anular de uma só tacada os negativismos.


feliz 2008 - cerveja gelada e poesia de calçada - Presença !

- - - - - - - -- - - - -

A tempestade filosófica

Oh… lá vem a avalanche catastrófica
Das dúvidas que beiram a demência,
O vazio inerente à existência…
Mestres: a tempestade filosófica.

Do cerebelo, ligeira ela escorre
(E é tão bela, permita-me dizer),
A tempestade urgente de viver !
Instigante, como o olhar de quem morre.

Sou ? O QUE sou ? POR QUÊ ? Se sou, é vão?
Rebento do Acaso ? Uma chance ? Ou não ?
Desafia-me a leveza do Ser …

E eis a chave ! Meramente existir !!
Tudo é caos, a nevasca do Devir,
Ciclo infindo de viver e morrer.



(Aos 21 de fevereiro de 2003)

Nenhum comentário: