10.4.08

Brisa

A ponta do carvão arranha o papel em branco.
Madeira queimada desenhando em atrito.

Esboço de rosto em perfil
Batizado com sombra de verão.

Sol cru
Flor de cacto
Ou
Ipanema colorida de realidade photoshop
Com suas ondas desnudando seios

Perfeita visão do paraíso.

Do outro lado do asfalto
Cipó seco.

E dama do lotação

Te arrastando avenida adentro
Pro seu sagrado inferninho de cada dia.


Abril de 2008.

3 comentários:

Isaac Frederico disse...

um tento firme cara.. top 5 das últimas semanas fácil . o poema vem desnudando o clima até que "perfeita visão do paraíso" define o jogo, com um encerramento carioca, pra dizer o mínimo.
ventos em abril ! ventos carregados de poesia

Guto Leite disse...

Belíssimo, poeta! Humildemente, é um dos que mais gosto dentre os teus. Ritmo, imagens, entrecantos, tudo trabalhando em harmonia. Muitas inspirações!

Anônimo disse...

i miss u,
ma'